POESIA NEO SURREAL

Caia sobre seu próprio corpo e
quando levantar, deixe ele caído mesmo.
Seu corpo, não é mais o que você pensava,
não te pertence, porem você ainda não descobriu.

Não caia sobre mim, pois meu corpo não é seu,
porem se você cair, se levante o mais rápido que puder,
pois meu corpo poderá engolir a sua alma,
ai meu corpo será meu e seu.

Sendo assim, seremos dois em um só ,
vivendo intensamente sobre os jardins,
mas os jardins estão dentro de você e não de mim.
Então como fazer pra viver sobre os jardins ?

Deixe pra lá, o portal já se fechou e já é tarde demais para irmos pro outro lado.
Do lado que estamos é mais seguro e você dentro de mim me faz ser o que sempre pensei, a vida de alguém
Quero minha a sua vida não me leve a mal é isso que eu penso sobre o vento no litoral !!
Os jardins estão derretendo, não há mais possibilidades de vivermos sobre eles,
faremos então uma viagem por dentro de nós mesmos e escolheremos os lugares mais vitais.

Os quadros que trago dentro de mim não tem valores monetários
porem são valores necessários representado em partículas de enzimas que passam de mim pra você e o que será você dentro de mim ??

A morte súbita de alguem que eu amei e que quero proteger a alma ?
Ou alguém que se fez de morta, pra poder sugar o que tenho dentro de mim ?

O segredo não pode mais ser guardado,
nem os quadros que eu guardo,
preciso de uma tela e aquarela,
pois pintarei você, que será representada como a obra prima da humanidade,
porem meu cérebro está fatiado.

Teremos então que fatiar a sua alma,
pra que ela caiba na tela que já esta quebrada.
Não temos muito tempo, temos que trazer você de volta.
Seja a pintura mais bela, numa tela quebrada, feita por um cérebro fatiado.

Estarei sempre em seu lado,mesmo que seu corpo flameje,mesmo que você viaje pelos cosmos, mesmo que eu acorde desse sonho.
E se você estiver ao meu lado e o quadro na parede,
pode cair sobre a rede, pois sua alma te pertence ainda e somos duas pessoas diferentes,
ligadas apenas as nossas almas que estão
nos seus devidos lugares.

Tentar entender, não é preciso,apenas viva como eu te digo
que nossos corpos irão longe, mas tão longe que não conseguiremos voltar.
Pra que voltar, se o que me interessa é amar, aqui ou em qualquer lugar.
É somente nisso que eu penso, porem o lenço dentro do meu bolso traz uma observação.
Diz nele que tanto faz estarmos dentro um do outro o que importa é a nossa união corporal,
pois o restos será feito pelo vento no litoral !

Mauricio Prior
13/10/09