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A despedida é meramente um ato de que alguém está indo embora e outrem ficou.
O que fica deseja reencontrar, espera, sente saudades.

Quem vai, chora muitas das vezes, vai sem vontade, mas tem que ir.

Quando liberamos outra pessoa pra ser e viver o que quer, fazemos parte dessa ida.
A vida de quem fica se transforma tão qual a de quem vai, mesmo sendo por forças maiores, aliás, por forças maiores tudo é diferente.

Não queremos essa liberdade, mas necessitamos dela. Quem vai ou quem fica.
temos que aprender a dizer adeus, mesmo rezando pra que a pessoa retorne o mais breve possível, mas não haverá retorno.

São caminhos diversos de vida. cada um com seu labirinto, tentando achar a saída, ou entrada pra outro lugar.

É possível o reencontro nessas passagens ?? Sim, é possível.
Seremos os mesmos quando isso acontecer ? Não sabemos.

As mudanças servem pra que entendamos que a vida tem vida, se move, se ajusta e nos ensina.

"Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade, sofro, mas eu vou te libertar..." Raul Seixas.

Não falo em liberdade de quem estava presa ou preso e sim apegado, condicionado aos movimentos do outro pra mover-se também.
Agora não há mais essa prática. cada peça no seu tabuleiro, cada tabuleiro com suas regras, cada regra, devidamente seguida à risca.

Não posso impedir o caminho de ninguém, assim como quero que não impeçam ao meu, quero apenas caminhar junto, porém enquanto não for possível, farei do meu caminho o mais florido possível, pois as flores me agradam e me faz querer continuar.

Uma pena não poder voar, uma pena !

Maurício Prior Soares
01/07/2013